Opções terapêuticas para Espondiloartrose Lombar

Confira alguns procedimentos para tratamento desta condição médica que afeta a coluna lombar.
Por ser uma condição médica acarretada pelo envelhecimento progressivo do organismo e das estruturas que o compõem, estima-se que a artrose acomete mais de 80% da população acima dos 40 anos de idade. Claro que a gravidade do caso varia de paciente para paciente, visto que diversos fatores influenciam no agravamento do quadro clínico como atividade laboral desempenhada, atividades esportivas, condições médicas associadas, hereditariedade, entre outros. Por isso, alguns pacientes podem apresentar quadros graves e até incapacitantes, enquanto outros podem ser assintomáticos e descobrir serem acometidos por esta condição médica em exames de rotina.
Como a artrose é uma condição médica que afeta a funcionalidade das articulações, ela pode acometer diferentes regiões do corpo humano como quadris, joelhos e a coluna vertebral, sendo que nesta, as regiões mais comumente acometidas são a cervical e a lombar.
Confira neste artigo as principais informações sobre a artrose na coluna lombar, chamada de espondiloartrose lombar, e as opções terapêuticas disponíveis para tratamento desta condição médica.
Espondiloartrose lombar
A espondiloartrose lombar é caracterizada pelo desgaste dos discos intervertebrais e das articulações facetárias devido ao processo de envelhecimento natural do organismo, o que acarreta na alteração no padrão de movimento intervertebral e ocasiona uma sobrecarga das articulações da coluna lombar.
Em alguns pacientes, essa alteração do movimento intervertebral e a sobrecarga das articulações pode desencadear a formação de osteófitos (espículas ósseas) conhecidas popularmente como ‘bico de papagaio’, o que acarreta em dor intensa e desalinhamento da coluna lombar.
Com o passar dos anos e o avançar do processo de envelhecimento e desgaste, pode haver uma progressão do quadro clínico e, consequentemente, dos sintomas apresentados pelos pacientes, principalmente se o caso não for avaliado por um médico especialista em coluna e, também, se houver associação de fatores de risco como condições médicas associadas, hereditariedade e estilo de vida.
Essa progressão pode levar a limitação de movimentos, tornando-se incapacitante e impactando na qualidade de vida do paciente.
Estilo de vida
A escolha do estilo de vida impacta diretamente no nosso organismo e, muitas vezes, só é possível perceber as consequências disso com o passar do tempo, com o chegar da idade.
A espondiloartrose lombar é um exemplo de como o estilo de vida adotado ao longo da vida pode impactar negativamente no processo de envelhecimento. Apesar do desgaste dos discos intervertebrais ser natural e esperado, uma alimentação desequilibrada, a falta de hidratação, o tabagismo, o sedentarismo e o sobrepeso são alguns dos fatores que podem levar a piora do quadro clínico desta condição médica.
Sintomas e diagnóstico da espondiloartrose lombar
Sempre ressaltamos que nem todos os pacientes apresentam todo o conjunto de sintomas e que a intensidade dos mesmos pode variar de caso para caso, a depender principalmente da gravidade do quadro clínico. Os principais sintomas apresentados por um paciente acometido pela espondiloartrose lombar são:
- Desconforto e dor na região lombar (lombalgia);
- Rigidez da coluna lombar;
- Crepitações (estalos na coluna);
- Irradiação da dor nas nádegas ou pernas;
- Formigamento e dormência nas pernas;
- Desalinhamentos posturais;
- Sensação de peso na coluna lombar;
- Redução de força muscular nas pernas;
- Sensação de queimação na coluna lombar;
- Falta de flexibilidade.
Para realizar o diagnóstico, inicialmente, o médico especialista em coluna avalia o histórico de vida do paciente e faz testes no consultório para investigar os sintomas. Depois disso, solicita exames de imagem, como radiografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética, para confirmar o diagnóstico de espondiloartrose lombar e determinar a gravidade do quadro clínico. Com isso, é possível indicar o tratamento mais assertivo para cada paciente.
Opções terapêuticas para a espondiloartrose lombar
Para quase todas as patologias que acometem a coluna vertebral, o tratamento conservador é a primeira opção dos especialistas e, para a espondiloartrose lombar, não é diferente.
O tratamento conservador inclui diferentes abordagens que, combinadas, auxiliam no controle da dor e dos demais sintomas, assim como, contribuem para estabilizar a progressão do quadro clínico.
Listamos neste artigo algumas das opções terapêuticas disponíveis que são indicadas por médicos especialistas em coluna para o tratamento da espondiloartrose lombar.
Medicação
O uso de medicação, oral ou tópica, é importante principalmente para pacientes que apresentam quadros agudos, com dor intensa. É fundamental seguir as orientações médicas para uso de qualquer medicação.
Bolsa de água quente
Especialistas indicam que o paciente faça uso de bolsa de água quente, principalmente quando a dor é intensa, pois esse recurso auxilia no controle da dor e do processo inflamatório nas articulações.
Acupuntura
Combinada às outras opções terapêuticas, a acupuntura é um recurso importante não só porque alivia a dor intensa, mas também porque auxilia no controle do quadro inflamatório causado pela espondiloartrose lombar.
Fisioterapia
Tanto em quadros agudos quanto em quadros crônicos de espondiloartrose lombar, a fisioterapia é fundamental para garantir a reabilitação do paciente e o controle do quadro clínico.
Utilizando diferentes técnicas como a eletroterapia, cinesioterapia e hidroterapia, o fisioterapeuta elabora um plano individualizado de tratamento para cada paciente, auxiliando no controle da dor, na diminuição do processo inflamatório, no fortalecimento muscular, na melhora da flexibilidade e equilíbrio do paciente.
Bloqueio facetário e infiltração
Os tratamentos minimamente invasivos são opções terapêuticas importantes para pacientes que não apresentam melhora com o tratamento conservador, mas ainda não são casos cirúrgicos. Esses procedimentos contam com a aplicação de medicação diretamente no local da dor e podem durar por meses, a depender da gravidade do caso.
Cirurgia
Quando o paciente não apresenta resultados positivos nem com o tratamento conservador nem com os minimamente invasivos, a dor é intensa e incapacitante, ou quando o quadro clínico é grave e apresentam sintomas neurológicos, a cirurgia pode então ser a opção terapêutica indicada pelo médico especialista.
É possível prevenir a espondiloartrose lombar?
Como a espondiloartrose lombar é ocasionada pelo envelhecimento progressivo das estruturas que compõem a coluna lombar, não é possível prevenir totalmente o aparecimento desta condição médica. Mas, escolher um estilo de vida mais saudável que aumente o auto cuidado e a preservação de nosso organismo com certeza auxilia para que o quadro clínico não progrida de forma intensa e se torne incapacitante. Alguns desses cuidados são:
- Alimentação equilibrada;
- Hidratação frequente;
- Exercícios físicos regulares;
- Manter postura adequada;
- Evitar consumo de álcool;
- Não fumar;
- Evitar esforço repetitivo e sobrecarga da coluna lombar;
- Manter ergonomia no ambiente de trabalho.
A espondiloartrose lombar pode acometer qualquer indivíduo, principalmente acima dos 40 anos. Para determinar a melhor opção terapêutica de tratamento é fundamental a avaliação e acompanhamento de um especialista. Agende aqui sua consulta com um médico especialista em coluna.