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Espondilolistese: 5 tipos e graus de escorregamento lombar

espondilolistese

Entenda o que é, o diagnóstico e a classificação deste prevalente problema da coluna lombar.

'Espôndilo’ (spondylos), em grego, significa vértebra’ e ‘listese’, em grego, significa escorregamento, assim, o nome desta condição médica nos conta exatamente o que ela é: o escorregamento de uma vértebra sobre outra, o que acarreta na perda de alinhamento da coluna vertebral e, por consequência, perda de sua estabilidade. Esses escorregamentos podem acontecer em vários sentidos, anteriormente (anterolistese) ou posteriormente (retrolistese), bem como lateralmente (laterolistese), e acometem com maior frequência a coluna lombar em seus segmentos inferiores.

Para diagnosticar a espondilolistese, o especialista em coluna utiliza uma classificação baseada na causa e na gravidade do escorregamento, por isso, elaboramos este infográfico que traz, com detalhes, quais são os tipos de espondilolistese e quais são os graus de escorregamentos vertebrais. 

Ressaltamos a importância de buscar atendimento especializado, independente da causa ou gravidade da espondilolistese, para obter a indicação do tratamento adequado para esta condição médica. 

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5 tipos e graus de escorregamento lombar

Apesar das manifestações clínicas da espondilolistese serem semelhantes, esta condição médica é ocasionada por diferentes motivos e a intensidade do escorregamento pode variar, portanto, alguns pacientes podem ser assintomáticos enquanto outros podem apresentar quadros clínicos graves de dor e limitação motora.

Os principais sintomas da espondilolistese são:

  • Dor lombar;
  • Desvio postural;
  • Dor nas pernas;
  • Compressão de nervos;
  • Sensação de choque na coluna e ou nas pernas;
  • Formigamento nas pernas;
  • Perda de força e coordenação dos movimentos;
  • Encurtamento dos músculos das pernas;
  • Limitação motora e dificuldade para caminhar. 

Diagnóstico: exames e classificação

A história clínica e o exame físico constituem a primeira etapa do diagnóstico e é importante para que o médico possa avaliar a história de vida do paciente, assim como, os sintomas apresentados por ele. 

Para melhor avaliar o quadro clínico e determinar a conduta de tratamento adequada, inicialmente, o médico solicita radiografias da coluna lombar de frente e de perfil e radiografias dinâmicas em flexão e extensão lombar para avaliar sinais de instabilidade e o grau de movimento entre as vértebras. Para complementar, pode solicitar outros exames de imagem como ressonância magnética ou tomografia computadorizada. 

Essa investigação minuciosa para o diagnóstico é fundamental, pois é a partir dos resultados desses exames que o médico consegue determinar qual é o tipo de espondilolistese e qual é o grau de escorregamento da vértebra, o que define a gravidade do quadro clínico e o tratamento que deve ser seguido.

Confira quais são os tipos e graus de espondilolistese e detalhes da classificação utilizada pelos especialistas para definir o diagnóstico e o tratamento. espondilolistese baixar infográfico

5 Tipos de Espondilolistese

  1. Ístmica: Ocasionada por um defeito de ossificação no istmo ou pars interarticularis, podendo ocorrer fratura do istmo de forma aguda, fratura por estresse ou seu alongamento decorrente de repetidas microfraturas.. O seu surgimento e aumento do escorregamento ocorre na fase de crescimento durante a adolescência e pode estar associada à escoliose. O escorregamento geralmente é discreto, mas na idade adulta pode causar compressão dos nervos (raiz emergente). 
  1. Degenerativa: Ocasionada devido a degeneração dos discos e articulações. Mais comum em adultos acima de 50 anos e, na maioria dos casos, o escorregamento acontece entre as vértebras lombares L4 e L5;
  1. Patológica: Ocasionada devido a uma fragilidade óssea devido a um tumor, uma infecção ou uma doença ósteo metabólica. Pode acometer qualquer indivíduo em qualquer faixa etária;
  1. Displásica: Condição congênita, ou seja, o indivíduo já nasce com esse quadro clínico, sendo assim, mais comum em crianças. Gera muita instabilidade na coluna e acomete as vértebras L5 a S1, decorrente de malformações nesse segmento, atingindo a coluna lombar e sacro. Pode se associar a grandes deslizamentos e sintomas neurológicos.
  1. Traumática: É o tipo menos frequente de espondilolistese. Ocasionada quando há uma fratura nas vértebras decorrente de um trauma, como quedas ou acidentes automobilísticos, podendo acometer qualquer indivíduo em qualquer faixa etária.

5 Graus de Espondilolistese

  1. Grau I: 0 a 25% de escorregamento;
  1. Grau II: 26 a 50% de escorregamento;
  1. Grau III: 51 a 75% de escorregamento;
  1. Grau IV: 76 a 100% de escorregamento;
  1. Grau V: Acima de 100% de escorregamento ou espondiloptose.

Os graus I e II, em geral, são estáveis e os pacientes podem ser assintomáticos ou apresentar quadros com sintomas leves. 

A partir do grau III, a gravidade do escorregamento aumenta consideravelmente e, por consequência, a instabilidade da coluna vertebral também. A maioria dos pacientes apresenta dor intensa e muitos quadros podem apresentar, também, sintomas neurológicos. espondilolistese baixar infográfico

Tratamento da Espondilolistese

Inicialmente, o tratamento indicado para espondilolistese é conservador, principalmente em quadros menos graves, que apresentam grau I ou II de escorregamento da vértebra. O fortalecimento e condicionamento muscular são fundamentais.

Em alguns pacientes, o tratamento conservador pode não ser bem sucedido. Nesse casos, em pacientes que o grau de escorregamento é elevado e ou apresentam sintomas neurológicos, o especialista pode indicar a realização de infiltrações na coluna, ou até mesmo, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica como tratamento.

Atualmente, existem diferentes técnicas cirúrgicas que podem ser utilizadas como tratamento para correção da espondilolistese. Independente da técnica escolhida pelo especialista, os objetivos do procedimento cirúrgico são os mesmos: descompressão das estruturas nervosas e estabilização da coluna vertebral.

A espondilolistese é um quadro clínico que necessita de cuidado especializado, pois pode impactar na limitação motora e, por consequência, na qualidade de vida do paciente. 

Evite o auto tratamento e busque orientação de um médico especialista em coluna para lhe acompanhar e indicar o tratamento adequado. Agende aqui sua consulta. 

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